quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O mais complicado e o mais simples pra mim.


O que faz de mim uma pessoa feliz, além da gratidão (nada cristã) por tudo o que eu tenho, é ter vivido belas histórias. Dessas que somam mais uma música, uma cor, um cheiro, uma sensação nas mãos, no peito, e às vezes fazem a gente se perder.
Outra Vez é uma das músicas mais badaladas do repertório do Roberto Carlos, com execução obrigatória nos seus shows. O público adora cantá-la junto com ele, diz o biógrafo desautorizado do Rei, Paulo César Araújo. Ele conta que essa música começou a ser composta a partir de uma conversa da autora, Isolda, com o ex-namorado. Depois de 7 anos de afastamento, ela ligou sem se identificar e perguntou: “Qual foi o seu caso mais complicado?” Ele respondeu: “Como vai, Isolda?” Assim começou a ser contada essa bela história de amor que todo mundo conhece.
Fala dos abraços que a gente nunca esquece, das mais estranhas histórias, dos melhores erros, das mentiras sinceras, da saudade que a gente gosta de ter. É sucesso desde 1977, quando foi gravada pela primeira vez. Já recebeu mais de 150 regravações aqui e em outras partes do mundo. A autora diz que não foi composta pra ser triste. O Roberto Carlos, sim, é que a interpreta quase chorando. Uma linda tristeza que muitas vezes combina perfeitamente comigo. E creio que com mais uma pá de gente. Lendo a letra tentando não incluir a melodia sentimental e a interpretação pungente do Rei é possível até achá-la mais leve.

Outra vez tem um pouco de esperança. É como se a gente aguardasse “por um segundo mais feliz”.