
Espero um vento forte que me leve a outro rumo quando o mundo pegar o sul.
Levo as músicas que me traz e as que eu te dou.
À tarde, quero sentir sua falta, sabendo da sua vinda.
Te espero pra te aquecer neste primeiro inverno. E pra ganhar seus pés.
Te levo pra uma casa branca, em uma estrada que leva sempre à verdade.
Lá, a gente corre e olha o céu azul e o sol, que não para de brilhar.
Lá, a gente ouve Cartola e fala de Roberto Carlos.
Levo seus pequenos olhos. Nada pálidos, nada azuis. Tão imensos.
Como a Dolores, que fazia tudo “até morrer”, lá eu morro de tudo o que eu quiser.
"Sem pensar no que foi que sonhei, que chorei, que sofri".
Sem pensar se o que eu deixei pra trás não foi pouco.
O que eu tenho é sempre muito.
Quero o transitivo e o intransitivo do verbo.
Pra te querer muito mais.
De Dolores Duran e Tom Jobim.
5 comentários:
que lindo esse texto, vou lá correndo no blog da tati.
obrigada por me apresentar essa lindeza!
;D
Eu é que te agradeço, querida! Que bom que gostou.
Ah, que fofo! Boa junção! Adoro as coisas da Tatiana... Essa aparente despretensão que colore o mundo à volta e a gente se lembra que bacana é a inocência!
Também gosto dessa aparente despretensão, Roberta.
Adorei esta poesia!
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